FACHADAS RESIDENCIAIS: TRADUZINDO “PERSONALIDADE”

Quando pensamos em construir uma casa logo nos vem à mente que aparência deve ter a fachada. Isso acontece porque assim como no comércio, a fachada do lugar que moramos funciona como um cartão de visitas que gera primeiras impressões e dá a outras pessoas alguma idéia da nossa personalidade e estilo de vida. Desta forma devemos dar bastante importância a esta fase do projeto. Quando um cliente não se identifica totalmente com a fachada que lhe foi apresentada, provavelmente vai se tornar um morador insatisfeito no futuro. O arquiteto deve aliar sua experiência e conhecimento sobre volumetria, materiais, conforto e outros detalhes, aos sonhos e desejos de seu cliente. Surge assim uma relação harmoniosa e fluente que com certeza resultará na satisfação tanto do profissional quanto (e principalmente) de quem o contratou.  

Neste projeto o cliente esperava por algo diferenciado e tradicional ao mesmo tempo.  Foi proposta então uma fachada com duas águas principais sendo separadas por um volume maciço em pedra palito. Para proteção de quem chega, a cobertura segue o mesmo alinhamento do telhado direito enquanto a janela em blindex segue o alinhamento do telhado esquerdo. O guarda corpo em metalão branco unido à textura frisada camurça claro e ao branco dão ao conjunto uma aparência leve e agradável.

 

A solicitação principal da cliente neste caso foi imponência e modernidade. Fã de tons ônix e figuras ascendentes ela pediu uma fachada que chamasse atenção em meio a outras residências. As linhas ascendentes foram inseridas nos tijolos de vidro que aliados aos vidros fumês levam iluminação natural para o interior da casa. As platibandas e o volume central frisado na cor branca se destacam em meio à pintura acinzentada impondo a volumetria e a altura da edificação. Os detalhes verticais revestidos em porcelanato Ecowood chumbo (de fácil manutenção) se harmonizam com os brises e estrutura da garagem em metalão na cor ônix, finalizando assim todas as vontades de seus moradores. 

Para este projeto buscou-se a simplicidade com graça. Sendo um sobrado a ser construído em meio terreno, ou seja, com uma frente de 6 metros, era preciso tomar cuidado para não cair na mediocridade ou no exagero. Uma volumetria simples foi enriquecida com uso de brises e materiais como o tijolo à vista e a madeira.