segunda-feira, 7 de maio de 2012

Aprenda a emoldurar e expôr as suas lembranças na parede


Uma escultura, um disco de vinil, um amuleto... As recordações que guardamos ao longo da vida ganham destaque na decoração com a moldura certa.



Álbum de viagem em três dimensões. Na sala do arquiteto Decio Navarro, presentes e lembranças de viagens têm lugar nobre. “É uma maneira de voltar ao lugar. Relembrar o momento”, diz. A tela maior é uma camiseta trazida da Europa por uma amiga. O quadro horizontal junta fotos e três bonecas da Guarda do Embaú, SC. “Cada uma lembra uma de minhas filhas”, conta. O arranjo traz ainda uma escultura peruana e um vestido de cerâmica de Cunha, SP. Molduras da Ápice Art.


Registros de um país na parede. Com um olhar apurado, o escultor Dan Fialdini exaltou a beleza das sandálias chinesas de desenho milenar ao emoldurá-las numa caixa de acrílico. “Lacrados, os objetos ficam preservados da ação do tempo”, conta. Dan deixou o trabalho a cargo do moldureiro Mário Teixeira Pinto, que desde a década de 1970 domina a técnica. Abaixo, o artista pendurou uma foto sua na Muralha da China, incrementada com papel dourado e folhas.


Mimos de infância preservados. Uma pintura e um par de sapatinhos são algumas das graciosas lembranças que a arquiteta Cinthia Liberatori guarda da infância de seus dois filhos, Pedro e Felipe. A aquarela, feita pelo caçula aos 5 anos, recebeu passe-partout preto e moldura de madeira. “Ele adora imaginar histórias e criar personagens”, conta Cinthia. Já os sapatos, usados pelos meninos durante os primeiros anos, foram encaixados num quadrinho vermelho. Molduras da Moldulak.


Recordações de família na cozinha. Herdadas da avó materna da moradora, as porcelanas da Enoch Wedgwood Tunstall, fábrica inglesa de 1833, foram emolduradas e organizadas ao redor do cabideiro. “Não sei se são valiosas. O importante é que elas têm valor afetivo para mim”, diz. O conjunto de pires foi acomodado numa única caixa branca, com recortes na parte de trás para mostrar a autenticidade das peças. Os utensílios holandeses ganharam o mesmo cuidado. Serviço da Struttura.


Arte e impressões no quarto. Durante uma viagem à Europa com a família, Adriana Coelho Silva, proprietária da loja Hits, em São Paulo, trouxe uma cerâmica especial na bagagem. “É uma máscara de Picasso, comprada na casa que pertenceu a ele em Málaga, na Espanha”, diz. A peça foi colada num vidro e emoldurada em uma delicada borda dourada (FastFrame). Apoiada no criado-mudo, ela forma um arranjo com o quadro redondo de madeira, adquirido por Adriana em uma viagem à Flórida, nos EUA.


Mescla de estilos e tradições. O apartamento do radialista Julio de Paula é uma miscelânea de arte e manifestações culturais. Comprado na Colômbia, o tecido amarelo foi aplicado sobre fundo preto. “Este recurso ressalta a cor e o volume da trama”, diz o arquiteto Gustavo Calazans, autor da composição. Já o crânio verde, de Tiago Carneiro da Cunha, ganhou uma caixa de acrílico. Note que os três pequenos patuás replicam as cores das outras obras. “É legal misturar objetos com fotos e gravuras”, ensina Gustavo.


Relíquia de vinil em destaque. Ainda na sala de Julio, este canto, diferentemente do ambiente ao lado, repleto de CDs, foi pensado para receber um único disco na parede: o LP Legal, gravado por Gal Costa em 1970, depois do encontro com Caetano Veloso e Gilberto Gil, então exilados em Londres. Para evidenciá-lo, Julio e Gustavo escolheram uma caixa de acrílico laranja, seguindo a cor das letras do título. Todas as molduras da sala são da Capricho Molduras.


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